domingo, 30 de junho de 2013

Para o final de domingo



Tenham um bom resto de domingo e uma boa semana.

A miséria de muitos a engordar alguns

"Os ricos ficaram ainda mais ricos no primeiro semestre. As grandes fortunas nacionais engordaram mais de 620 milhões de euros apenas à conta das participações que controlam em várias cotadas na bolsa".

in Jornal de Notícias

sábado, 29 de junho de 2013

Sendo sábado, temos música (174)




Recado a Helena

Do frio da cela do forte
Do lado norte por sobre o rio
Por sobre o rio do lado norte
A mão acena por Helena.

Do lado do sul do rio
Na negra pena por Helena:
À rua deitado jaz vazio e frio
O corpo apagado de Helena.

Salgado rio de pranto
Jorrando entre mágoa e mágoa
E uma cidade de espanto
No perfilado recorte
Espelhado no fundo de água
Pára o Tejo à beira-morte
À beira-morte de Helena
E à beira-cela do forte
Onde ainda a mão acena.

Do lado do sul do rio
À rua deitado jaz vazio e frio
O grito em vida amordaçado
No corpo delgado de Helena.

Mão de aceno gradeado
É por nossa condição
Gente de foice e arado
Homens de cais pescadores
Mais os que como nós são
Nos escritórios e fábricas
Dia a dia os construtores
Dos dias desta nação
É por nós que a mão acena
Da beira-morte de Helena
Contra a mão que nos condena.

Para que a morte de Helena
Não venha a ser nossa sorte
Ao sul e ao norte a mão acena
Fechando o punho ao sul e ao norte.

Salgado rio de pranto
Jorrando entre mágoa e mágoa
E uma cidade de espanto
No perfilado recorte
Espelhado no fundo de água
Pára o Tejo à beira-morte
À beira-morte de Helena
E à beira-cela do forte
Onde agora um punho acena.

Do frio da cela do forte
Do lado norte por sobre o rio
Por sobre o rio do lado norte
A mão acena por Helena.

Para que a morte de Helena
Não venha a ser nossa sorte
Ao sul e ao norte a mão acena
Fechando o punho ao sul e ao norte.

Poema de Manuel da Fonseca

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Balanço

...sem números para a presentar, dizer apenas que a Greve Geral de ontem foi um êxito de todos quantos nela participaram. Por isso, dizemos uma vez mais: VIVA A GREVE GERAL!
Durante o dia nas  concentrações/desfiles realizadas por todo o país, o que mais se ouviu da boca dos portugueses foi: " que o desgoverno olhe mais para os portugueses e não fique (como tem feito até aqui...), ao serviço apenas dos interesses financeiros e dos capitalistas nacionais e estrangeiros, e, que ponha fim na miséria onde está a colocar o povo" para além de referirem ainda com muita força e determinação que o governo já fez mal de mais a todos, é urgente ir embora.
 
Esperamos todos que nos partidos da maioria e na Presidência da República se tenha entendido o que o povo uma vez mais reivindicou e que sejam tomadas as medidas necessárias para alterar este caminho, esta política; criando condições para novamente os portugueses escolherem uma nova Assembleia, um novo Governo que esteja ao serviço do País e dos portugueses, e, isso só será possível (no meu modesto entendimento), com um governo de esquerda.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Bandalhice

"A grande maioria dos organismos da administração directa e indirecta do Estado continua a não prestar contas públicas sobre a sua actividade, violando não só a legislação em vigor como as mais elementares regras de transparência".

Notícia para ler aqui


Comentário: 

Amanhã vamos todos cumprir a Greve Geral e dizer: "basta de exploração e empobrecimento" Governo RUA !

Os Meus Livros ( 7 )


DOMINGO DE RAMOS , 
de Clara Pinto Correia, é o livro que acabo de lêr e me deixou temporàriamente prisioneira dos anos 70 e da vivência do pós revolução.
Como foi estranho relembrar aquele período de euforia e quão longínquas me pareceram já as tarefas referidas no livro e que muitos de nós chamavam a si como as campanhas de alfabetização, a formação de creches e cooperativas e as infindáveis horas de trabalho comunitário, muitas vezes com prejuízo da vida particular.
Não obstante as complicações resultantes da descolonização e da consequente integração dos retornados, cujo tema não foi esquecido, tudo à época nos parecia possível de concretizar e até as utopias se  confundiam fàcilmente com a realidade.
O lema de vida era para muitos de nós, como a autora bem descreve,lutar por um país onde todos se sentissem felizes e devidamente integrados.
Infelizmente não foi assim que aconteceu ; e, porque os ventos e as marés adversas não abrandam o país continua a precisar que acreditemos na mudança.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Na curva apertada dos dias

"Há dois meses que um casal vive sem luz e sem água, dois níveis abaixo do chão, porque não tem dinheiro para pagar a renda de uma habitação. A garagem custa-lhes 45 euros por mês".
Ler notícia aqui

Comentário:
Depois de ouvir e ler todos os dias os milhões disponíveis para o futebol e dar de caras com esta realidade retratada pelo «JN» fica em mim o sentimento de revolta e frustração porque não foi certamente para o aprofundar das desigualdades sociais  que se vez o 25 de Abril, o qual infelizmente, não soubemos defender.

Hoje, no caminho que temos que percorrer encontramos em cada dia mais e maiores pedras; mas elas, não podem ser motivo de desalento que nos levem a desistir de lutar por uma sociedade mais justa onde possamos viver com dignidade, desfrutando de bens e recursos que, por ora, estão apenas ao serviço de alguns.

Temos que ser mais solidários, ter mais disponibilidade para lutar pelos nossos objectivos impondo aos governantes políticas de esquerda, para que os nossos filhos e netos possam ficar neste País a viver dias melhores e mais felizes que os nossos.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

O melhor da vossa atenção

Por Vasco Cardoso, no Jornal «Avante!»

Recentemente o secretário-geral do PS saiu-se com esta pérola: «o investimento brasileiro não é bem estrangeiro, porque o Brasil é um país amigo». E acrescentou: «no que diz respeito à TAP, naturalmente que vejo com bons olhos a possibilidade de haver uma participação de capitais brasileiros na privatização da TAP».
Em França vimos Seguro brilhar novamente através de uma moderníssima proposta de mutualização entre os estados dos custos do subsídio de desemprego para taxas superiores a 11%, valor que o próprio naturalmente considerará aceitável.
Os dias passaram-se sem que tenhamos assistido a qualquer manifestação de apoio do PS à extraordinária luta dos professores, ficando-se pela responsabilização do Governo face à ausência de entendimento nas negociações.
É verdade que o PS não tem moral para falar de privatizações, incluindo as que adquiriram sotaque brasileiro como a da CIMPOR, da qual foi um dos principais impulsionadores; não tem autoridade para se solidarizar com a luta dos trabalhadores, e em particular dos professores, sendo que muitos não estarão esquecidos das grandes acções desenvolvidas quando Sócrates era primeiro-ministro ou para defender a escola pública, ou não tivesse sido nos seus governos que encerraram mais de 4000 escolas; é verdade que o desemprego sobe com governos do PSD… e sobe com os do PS; é verdade também que o PS não tem a mínima credibilidade para falar de soberania, quando foi e é um entusiástico apoiante do rumo federalista na UE.
Mas para os que insistem em falar de uma dita unidade à esquerda, sem se referirem ao conteúdo e à natureza da política que essa «unidade» concretizaria, relembra-se que, seja em matéria de privatizações, defesa dos serviços públicos, valorização dos direitos dos trabalhadores, afirmação da soberania nacional, entre outras, não se conhece ao PS uma palavra, um gesto, uma opção clara de ruptura com a política de direita.

Aqui chegados importa reafirmar que a verdadeira alternativa para o país só pode ser feita na base da ruptura com a política de direita, com a afirmação dos eixos essências da política patriótica e de esquerda que o PCP propõe ao povo português. E para aqueles que vão tendo dúvidas, pedimos o melhor da vossa atenção para acompanhar o que diz e o que faz o PS.

Capas de jornais (62)


- o meu vizinho do 5.º Esq. tem razão! Em Portugal, todos os dias somos informados que  " a prática do crime compensa".

segunda-feira, 17 de junho de 2013

domingo, 16 de junho de 2013

Hoje pode ser dia de cinema (81)

À PROCURA DE SUGAR MAN
 Realização: Malik Bendjelloul




Sinopse:
Rodriguez é o maior ícone de rock dos anos 70 que nunca chegou a ser. Momentaneamente aclamado como o melhor cantor e compositor da sua geração, Rodriguez caiu no esquecimento – renascendo das cinzas num contexto completamente diferente, a um continente de distância.

Tenham um bom domingo

sábado, 15 de junho de 2013

15 de Junho de 2005 - Um doloroso silêncio

Um doloroso silêncio

Atraída por um sentimento difuso, de todas as artérias convergentes à Praça do Chile, a tristeza tornava-se multidão. Uma amálgama de classes sociais de três gerações unidas numa dor comum. Não dialogavam, olhavam-se surpresas procurando a resposta, o porquê de ali se encontrarem esperando que surgisse, numa lágrima ou soluço, a resposta que a dor retida recusava.

Um cravo vermelho floria junto ao rosto de uma jovem que, abraçando-o, aguardava o momento de o devolver a quem até ali a trouxera sem disso ter conhecimento. A flor pertencia a quem lhe dera o mais perfeito exemplo de como se constrói a liberdade. Pálida, de semblante carregado, de quando em vez erguia-se em bicos de pés de entre o povo que a envolvia, não descortinando mais do que gente caminhando em sua direcção. Dentes cerrados, olhos marejados, um homem vigoroso engolia um soluço. Ninguém se saudava, poucos se conheciam, tinham no entanto um compromisso comum, uma dívida a saldar e aguardavam o credor. Se alguém soltasse a centelha de dor que a custo retinha faria explodir a mágoa que cada vez mais se adensava, aguardando o extravasar da angústia.

Em comunhão, todos sentiam que algo de diferente acontecera, que a história na sua pulsão inexorável continuaria o seu curso mas que havia perdido um protagonista que deixara marca indelével no seu percurso. Um jovem casal de mãos dadas retido no espaço e como que parado no tempo, um ancião esgueirando-se por entre a multidão caminhando num labirinto de interrogações procurava a saída que não esperava encontrar. Esgotava-se a tarde, um bruaà como indicador faz convergir todos os olhares para o cortejo que, ao longe, se vislumbrava em nossa direcção. Já aí vem, murmurava-se como se anunciássemos a chegada de um amigo a um encontro combinado, já aí vem pronunciava-se num murmúrio abafado pela emoção. Foi o nosso último e derradeiro encontro. Lançámos-lhe cravos como gritos de silêncio porque as palavras surgiam deslocadas.

A maior manifestação de reconhecimento e dor de que se guarda memória, não se antevendo quem possa suscitar igual merecimento

Retirado daqui

Professores na defesa da Escola Pública

"Estão revoltados e tristes. Contestam medidas concretas que o Governo quer impor, como a mobilidade especial ou o aumento do horário de trabalho. E sentem que a sua profissão está a ser vítima de um ataque e de falta de respeito. Foi com este sentimento que milhares de professores se manifestaram neste sábado em Lisboa, na antecâmara de uma “grande greve” na segunda-feira, primeiro dia de exames do secundário. “Os professores deram expressão ao descontentamento em relação a políticas que são inaceitáveis”, resumiu João Dias da Silva, dirigente da Federação Nacional de Educação (FNE), falando de uma “grande manifestação de professores”: “No mínimo 50 mil pessoas”, estimou este dirigente sindical."

Só o Governo e os papagaios do costume estão contra a luta dos professores!

Sendo sábado, temos música (173)




Aprendimos a quererte
Desde la histórica altura
Donde el sol de tu bravura
Le puso un cerco a la muerte.
Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia,
De tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
Vienes quemando la brisa
Con soles de primavera
Para plantar la bandera
Con la luz de tu sonrisa.
Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia,
De tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
Tu amor revolucionario
Te conduce a nueva empresa
Donde esperan la firmeza
De tu brazo libertario.
Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia,
De tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
Seguiremos adelante
Como junto a ti seguimos
Y con Fidel te decimos:
Hasta siempre comandante.
Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia,
De tu querida presencia

Comandante Che Guevara.

Tenham um bom sábado

(Fez ontem 85 anos que Che Guevara nasceu)

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Marques Mendes está a perder a corrida, agora é o FMI que nos dá as novidades

"Entre este ano e o próximo, o Governo vai ter de poupar um total de 4700 milhões de euros no âmbito da reforma do Estado, dos quais 46% incidem sobre a função pública.
De acordo com o memorando de entendimento entregue pelo executivo à troika de credores internacionais (FMI, BCE e Comissão Europeia) na sequência da sétima avaliação e divulgado nesta quinta-feira pelo FMI, neste ano haverá uma redução de despesa no valor de 1411 milhões de euros, seguida de nova redução de 3289 milhões de euros em 2014, com um forte ênfase nos cortes da função pública, em termos de funcionários e de salários".
 
A tal "poupança" de 4700 milhões de euros que o Governo disse que teria que ser feita até final de 2015, sabemos agora que a data final é 2014.
De trapalhada em trapalhada e de esconderijo em esconderijo o desgoverno vai andando por aí a destruir o País (a dívida pública pode chegar aos 140% do PIB), a colocar os portugueses na miséria cada vez mais acentuada, enquanto o Sr. Presidente da República vai a correr lá fora chorar umas "lágrimas de crocodilo" tentando ficar menos mal nesta fotografia do aniquilamento de Portugal como País soberano; dando assim, oportunidade aos papagaios do costume (acérrimos defensores do liberalismo!), de virem dizer: «afinal o Sr. Presidente está a trabalhar na defesa dos interesses portugueses e, se estamos como estamos a culpa é dos pobres que não souberam ser pobres!»

quinta-feira, 13 de junho de 2013

A Turquia mudará?

Por Ângelo Alves, no Jornal «Avante!» 
 
Ao momento da redacção deste artigo recebemos as notícias de uma nova onda de repressão da musculada polícia turca na Praça Taksim em Istambul. Foi este o sinal que Recep Erdogan, o primeiro-ministro do governo do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP – direita neoliberal de origem islâmica) deu aos manifestantes e ao povo turco 12 dias após o início dos protestos e na véspera de um anunciado encontro do Governo com alguns manifestantes.
 
 
Não sabemos qual a resultante deste braço de ferro entre o governo e as massas em movimento, onde se incluem sindicatos (nomeadamente do sector público (KESK) e a confederação dos sindicatos revolucionários), claques de futebol, gente da cultura, ecologistas, nacionalistas, advogados, médicos, partidos políticos, nomeadamente o Partido Comunista da Turquia e o Partido do Trabalho (EMEP), entre outros. Mas uma coisa é certa, a Turquia está a sair de alguma apatia social e política que há décadas é mantida com forte pulso, primeiramente com os nacionalistas e a hierarquia do exército, e a partir de 2002 com os chamados «islamitas moderados» e o AKP – fundado por Erdogan, resultante da fusão de vários partidos com uma ala do Partido da Virtude, religioso islamista.
Estas quase duas semanas de manifestações, com uma greve geral pelo meio, tiveram como rastilho o protesto contra a construção de um centro comercial no parque Gezi, o parque da Praça Taksim, no centro histórico do lado Europeu de Istambul. Mas a construção de mais um centro comercial em Istambul foi apenas isso, o rastilho. Num país de maioria muçulmana, com uma grande complexidade política, intimamente ligado ao imperialismo norte-americano e à NATO, com fronteiras com a Síria e o Iraque, seria ingenuidade pensar que a única razão dos acontecimentos era a destruição do parque Gezi.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Noticias comerciais revoltantes

"As denúncias de que Misericórdias e Instituições Particulares de Segurança Social (IPSS) exigem aos familiares jóias ou doações para admitir idosos em lares são cada vez mais frequentes. Na edição desta quarta-feira, o Jornal de Notícias, relata um caso em que foram pedidos “vinte mil euros à cabeça” para a entrada de uma idosa num lar".
 
Para ler aqui.
 

terça-feira, 11 de junho de 2013

As verdades que importa recordar

A CEGUEIRA E A INCAPACIDADE DE VITOR GASPAR E DO GOVERNO PARA COMPREENDER O FUNCIONAMENTO DA ECONOMIA REAL E OS PROBLEMAS DO PAÍS


Por Eugénio Rosa, no seu Site


Numa conferência de imprensa realizada em 23.5.2013, Vítor Gaspar, com aquele ar 
convencido que o carateriza, afirmou solenemente: “Chegou o momento do investimento. 
Repito, depois do ajustamento chegou o momento do investimento". E a medida que, 
segundo ele e Álvaro Santos, também presente, determinaria o milagre seria uma dedução no 
IRC, por investimentos até 5 milhões realizados até ao fim deste ano, de 20% do valor 
investido até ao máximo de 70%. Esta medida, segundo estes ministros, poderia determinar 
que a empresa pagasse, nos anos em que conseguisse aproveitar a dedução máxima 
permitida pela lei a ser publicada, mas que ainda não foi, uma taxa de IRC de apenas 7,5%. E 
com base em tal incentivo fiscal Vítor Gaspar e o governo esperam que o milagre surja, ou 
seja, que o investimento dispare assim como a criação de emprego.

Leitura completa aqui.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

10 de Junho




Hoje, meia dúzia de personagens (muitos, muitos mais!), irão subir ao palco das medalhas para serem reconhecidos pelos seus feitos.

Do outro lado, na "festa" da tristeza, ficam os desempregados; os trabalhadores precários; os que precisam de medicamentos e não têm dinheiro para os comprar; aqueles a quem o dinheiro da reforma já não dá para a carcaça; os utilizadores das cantinas sociais e, todos aqueles que estão a sofrer com as políticas de desastre que, há quase quarenta anos governa Portugal.

A Pátria de Camões não tem que ser sempre assim!.. Um dia virá, em que as margens onde puseram  as nossas vidas de sacrifícios - sempre acrescidos para os mesmos - rebentarão.



Tenham um bom feriado.

  


domingo, 9 de junho de 2013

Para o final de domingo



Um bom resto de domingo e uma boa semana.

Hoje pode ser dia de cinema (80)

Antes da meia-noite




Sinopse:

Jesse é um pai de família norte-americano, que acaba de deixar o seu filho Hank no Aeroporto de Kalamata, na Grécia. Hank está de regresso a casa da mãe, nos Estados Unidos, depois de passar o "melhor verão de sempre" com o pai e a sua família. O rapaz acaba por estar mais sereno do que o seu pai, que sofre de ansiedade nestes momentos, já que é quem mais sofre com a distância física. Fora do aeroporto, Jesse tem à espera a sua mulher Celine e as suas pequenas filhas gêmeas Ella e Nina. Jesse é um romancista de sucesso e está na Grécia para um “retiro de escritor”, com a família instalada na bucólica casa de campo do velho escritor Patrick. À medida que viajam de carro através das belas encostas rochosas de Messinia, Jesse e Celine conversam sobre o fato de viverem tão longe de Hank, sobre a carreira de Celine como ambientalista e a perspetiva de um novo emprego, e sobre as mudanças que assistem ao seu redor da antiga Grécia para a moderna. Jesse sugere mudarem-se de Paris para os Estados Unidos, mas eles já viveram em Nova Iorque e Celine não tem vontade de regressar. A longa história que tiveram juntos começa a ressurgir. Jesse é dado a divagações fantasiosas que encantam os seus anfitriões, mas que começam a cansar Celine, que no passado desempenhou um papel de protagonista nos romances autobiográficos do marido, mas que está agora pouco interessada em servir de musa francesa para a sua carreira literária. Os amigos decidem presenteá-los com uma noite num hotel de luxo à beira-mar, e enquanto Jesse e Celine passeiam por uma paisagem espetacular, gozando da companhia um do outro, conversam, brincam, discutem, namoram. Mas a realidade do dia-a-dia acaba por se intrometer aos poucos: as crianças, o trabalho, as ambições, as deceções, o amor romântico e a evolução da relação. E assim, a noite idílica que os espera irá testá-los de maneiras inesperadas.



Bom domingo e bons filmes.

sábado, 8 de junho de 2013

Sendo sábado, temos música (172)




Deixa-me rir
Essa história não e tua
Falas da festa, do sol e do prazer
Mas nunca aceitaste o convite
Tens medo de te dar
E não e teu o que queres vender
Deixa-me rir
Tu nunca lambeste uma lágrima
Desconheces os cambiantes do seu sabor
Nunca seguiste a sua pista
Do regaço à nascente
Não me venhas falar de amor
Pois é, pois é
Há quem viva escondido a vida inteira
Domingo sabe de cor, o que vai dizer
Segunda feira
Deixa-me rir
Tu nunca auscultaste esse engenho
De que falas com tanto apreço
Esse curioso alambique
Onde são destilados
Noite e dia o choro e o riso
Deixa-me rir
Ou entao deixa-me entrar em ti
Ser o teu mestre so por um instante
Iluminar o teu refúgio
Aquecer-te essas mãos
Rasgar-te a mascara sufocante
Pois é, pois é
Ha quem viva escondido a vida inteira
Domingo sabe de cor, o que vai dizer
Segunda feira

Bom sábado, boas notícias e boa música

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Afinal, a culpa é do S. Pedro!

"Naturalmente, o comportamento do investimento é muito preocupante, sendo, no entanto, que o investimento no primeiro trimestre deste ano é adversamente afetado pelas condições meteorológicas nos primeiros três meses do ano que prejudicaram a atividade da construção", afirmou Vítor Gaspar
-Pergunta do dia: Porque será que certos "doutores" do desgoverno cada vez que abrem a boca,  entra mosca ou sai asneira...?!
Será que alguém pode dizer ao senhor Vítor Gaspar que não há investimentos neste país por causa do estado em que ele e mais uns quantos aldrabilhas políticos meteram a economia? Quando se tira dinheiro no vencimento das pessoas, quando se promove o despedimento criando um exército de desempregados como nunca foi visto por cá, e,  se corta nos valores das reformas/pensões dos portugueses da forma como o têm feito e ainda  aumentam os impostos brutalmente; o resultado só pode ser o da economia em recessão.
Claro que, como vem sendo dito - há muito tempo - na Assembleia da República pela esquerda (PCP, Os Verdes e BE),  estas políticas só nos podem conduzir ao abismo. Com o S. Pedro a mandar ou não chuva o que verificamos é que hoje a grande maioria dos portugueses, infelizmente, já nem para a carcaça têm dinheiro tendo que, para alimentar a família, ir pedir ajuda à cantina social que noutros tempos de má memória se chamava «a sopa dos pobres».

Um insulto

Por Carvalho da Silva, no jornal «JN»

Vi e revi o programa da Rádio Televisão Portuguesa (RTP) "Sexta às 9", emitido no passado dia 24 e senti-me indignado. Nele foi apresentada uma pretensa investigação sobre o sindicalismo na Administração Pública (AP) que, com tristeza, classifico de insulto ao sindicalismo e à democracia.
Tenho plena consciência do indispensável papel daquele canal público de televisão. A RTP vive tempos difíceis, sob fortes ataques e perante complexos desafios que merecem atos de solidariedade de todos os que defendem o regime democrático. Mas nem estes factos, nem o respeito profundo que tenho pelos seus jornalistas e outros profissionais me desviam da acusação àquele programa.
A dado passo e depois de referências a lutas sindicais em curso, designadamente a uma possível "paralisação geral da AP", afirmou-se: "No meio deste turbilhão contestatário, há uma realidade que nunca tinha sido investigada". Vê-se o programa e o que se descobre? A repetição, pela enésima vez, de que há dirigentes sindicais a mais na AP. Fazendo a contabilidade do total de dirigentes a tempo inteiro e atribuindo-lhes um salário bruto médio de 1500 euros (será?), concluem que custam "6,5 milhões de euros aos contribuintes". Este valor é idêntico ao que recebe meia dúzia de gestores de topo de grandes empresas - pessoas com mérito - que se alimentam de negócios chorudos com o Estado.

Hoje à noite

 
"A Orquestra Metropolitana de Lisboa volta ao palco do Teatro Municipal de Almada nesta temporada para um novo programa, dirigido por um dos mais requisitados maestros da actualidade. James Judd tem estado presente nas grandes salas de música internacionais, sendo sempre notada a sua versatilidade e capacidade de comunicação com o público. Entre as orquestras que já regeu contam-se a Filarmónica de Berlim, a Filarmónica de Roterdão, a Orquestra Nacional de França, a Orquestra de Leipzig, a Royal Philharmonic, a Sinfónica de Londres, a Orquestra de Câmara Inglesa, a Orquestra Sinfónica da BBC ou a Sinfónica de Baltimore, entre muitas outras. Considerado um dos mais destacados intérpretes da música orquestral inglesa, Judd fez uma vasta colecção de gravações para reputadas etiquetas, diversas das quais com a New Zealand Symphony Orchestra, de que é Music Director Emeritus. Anteriormente tinha ocupado o cargo de Maestro Convidado Principal da Orchestre National de Lille (França) e foi Director Musical durante 14 anos da Florida Philharmonic Orchestra. É a segunda vez que dirige a Orquestra Metropolitana de Lisboa."
 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

«Fazer pela vida»

Por Carlos Gonçalves. no jornal «Avante!»


Há dois anos, as eleições legislativas, após a derrota e auto-demissão do governo PS, da política de direita e dos PECs de entrada no Pacto de Agressão, resultaram no Governo PSD/CDS, de continuidade e agravamento da mesma política. Neste tempo breve, o executivo roubou, vexou e afundou o País, a uma velocidade nunca vista, e alienou a sua base de apoio, hoje restam os banqueiros, monopolistas e acólitos e as clientelas do Governo, mas com «fissuras» cada vez mais profundas.
É de há muito evidente que PSD/CDS governam reiterada e compulsivamente contra a lei, o que faz a maioria e o Governo radicalmente ilegítimos. É assim inadiável e possível a sua demissão.
Batido pela luta de massas, isolado, derrotado, remendado e «ligado à máquina» de Belém, o Governo prossegue, obstinado, a missão atribuída pelos interesses que o comandam – levar o mais longe possível a liquidação de elementos estruturantes da democracia, a pilhagem do povo e do país e a dependência externa – e prepara-se para comemorar, «com mais rua e mais discurso» o segundo aniversário.
As festividades serão uma provocação aos trabalhadores e ao povo, quando se recomprova o calamitoso fracasso do Governo, com o Orçamento Rectificativo - cortes nos salários, serviços e funções sociais do Estado, redução das receitas fiscais e do investimento - e com as previsões da OCDE, que agravam o défice e a recessão.
A «armadilha da dívida», instrumento e objectivo da pilhagem e de quem a impõe e prossegue, agrava a espiral de austeridade e recessão e, a não ser interrompida e substituída por uma política patriótica e de esquerda, arrastará Portugal para o segundo «resgate», que o Governo há muito prepara e que Passos Coelho agora antecipa – «precisar de mais dinheiro ... será uma consequência de não … alcançar os objectivos» (dos agiotas – claro!), «se não fizermos .. pela vida … não é o contexto europeu que vai resolver». Isto é – os trabalhadores e o povo que «aguentem» que os especuladores têm de abichar.
Ontem era tarde. Os trabalhadores e o povo estão a «fazer pela vida», para correr de vez com este governo e esta política.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Há dois anos que andamos nisto...

"As previsões económicas do Governo, inscritas no Orçamento Retificativo para este ano, deverão falhar. O Executivo prevê uma recessão de 2,3% no conjunto de 2013 mas, tendo em conta a queda de 4% no primeiro trimestre, relatada esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), essa previsão dificilmente se cumprirá. Mesmo que a economia estagnasse nos restantes três trimestres, a meta continuaria fora do nosso alcance."

*in tvi24

...os vários objectivos propostos pelo Governo, a falharem todos; os portugueses a ficarem cada dia que passa mais pobres; mais gente a ficar sem trabalho; a dívida do país todos os dias fica maior, e, os papagaios do governo a dizerem nas tvs que, não é oportuna a luta dos trabalhadores no sentido de tentarem "derrubar" este desgoverno já que,  as coisas estão-se a «compor!». 
Entretanto, o Sr. Cavaco Silva, em relação a esta matéria entende - por convicção política - dizer, por vezes, «que talvez sim mas é melhor não!»

É necessária, é urgente, a tal "vassourada" neste desgoverno e nesta política! Antes que os portugueses e o país fiquem totalmente reduzidos a lixo durante as próximas  gerações.


Como é que alguém ainda pode vir dizer que estamos no bom caminho?

"A economia portuguesa destruiu mais de 101 mil empregos no primeiro trimestre do ano, ou 5,2%, fazendo com que o emprego caísse para o nível mais baixo desde que há registo".

Ler mais»

A diferença entre governar e governar-se, está no número de pobres produzido...

 
"O Governo prevê gastar em telemóveis este ano quase dez vezes mais do que 70 gestores de 14 empresas públicas, escreve hoje o jornal i, que adianta que, ao nível dos combustíveis e lubrificantes, Passos Coelho deve gastar quase o mesmo que 55 gestores."
 
 
...este Governo foi até hoje aquele que mais pobreza e miséria criou depois do 25 de Abril.

terça-feira, 4 de junho de 2013

...o verniz da política de direita está a estalar


Duas dezenas de manifestantes exigiram hoje a demissão do Governo, à chegada da ministra da Agricultura a Leiria, e um dos manifestantes foi detido pela Polícia de Segurança Pública.
 

O manifestante foi detido depois de ter exibido uma folha onde se lia «Demissão, já!»

*in TSF

Tudo serve de pretexto à direita política deste país para atacar os pobres.

"O Governo pretende divulgar a identidade dos beneficiários de habitação social, mas uma proposta de lei nesse sentido, aprovada em Conselho de Ministros e entregue no Parlamento para discussão, levanta problemas legais relacionados com o direito à privacidade".
 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

...para inglês ver

“Se formos a acreditar naquilo que os ministros das Finanças e da Economia disseram é caso para dizer que parece que a pátria está salva. A partir de agora é só crescimento económico e aumento do emprego. Antes fosse. Mas se olharmos bem vemos que aquele anúncio é uma encenação para inglês ver”, defende Octávio Teixeira.


O capitalismo e a sua crise.

"Um relatório da OIT (Organização Internacional do Trabalho) divulgado hoje revela que até 2015 o número de desempregados em todo o mundo chegará a 208 milhões. De acordo com a OIT, em 2007 e 2015, o número de era de 169,7 milhões. As desigualdades sociais também devem crescer no período, especialmente nos países mais ricos. Já no Brasil, a alta do salário mínimo teve um impacto positivo no poder aquisitivo da população."

A cor da caneta

"Só ao fim de três anos, seis meses e 21 dias ficou resolvido o caso de um autarca acusado de oferecer uma caneta vermelha junto a uma assembleia de voto nas eleições de 2009, conta esta segunda-feira a edição do Diário de Notícias (DN)."
 
 
- Caro eleitor, agora já sabe! quando for votar cuidado com a cor da caneta: ela pode ser azul, amarela, rosa ou laranja; vermelha é que não.
 

domingo, 2 de junho de 2013

Para o final de domingo



Continuação de bom domingo e uma boa semana.

Os Meus Livros ( 6 )


« DO ERNESTO AO CHE »

               E

« OS SENTIMENTOS DE UMA OCIDENTAL »


 Numa das minhas habituais visitas à FNAC de Almada, encontrei e comprei estes dois livros em saldo.
O 1º . não é só mais uma obra sobre Che Guevara; trata-se de um relato de Carlos Calica Ferrer, amigo de infância de Ernesto, sobre a vida que ambos viveram de pequenos à juventude, relato que nos dá um conhecimento familiar e afectuoso do mítico comandante.
È Calica que , no seu livro , nos leva também nas viagens que ambos fizeram pela América do Sul,e nos descreve  algumas das suas aventuras na Bolívia ,no Peru,no Equador ; sendo aqui, ao que parece, que Ernesto, no  seu destino de viajante, começaria a encontrar um caminho e uma direcção, e segundo Calica foi ali que Ernesto começou aos poucos a transformar-se no Che .
É mais um livro que entusiasma os admiradores da figura inesquecível de Che Guevara.
 
O 2º. é uma compilação de crónicas de Maria Filomena Mónica , que foram escritas em 2001 e  2002, mas por tratarem de assuntos muito variados e de interesse generalizado merecem uma leitura atenta de quem tem alguma disponibilidade para aprender alguma coisa com quem possa e saiba ensinar.
Das 68 crónicas , refiro algumas , cujos temas me agradaram particularmente:» As novas Famílias », »A Fraqueza do Sexo Forte » , »A Televisão de Mal a Pior », » Os Imigrantes » , e » Mortes Sinistras ».
Moral da História:
Boas Leituras por pouco Dinheiro!!! 
,

sábado, 1 de junho de 2013

Sendo sábado, temos música (171)




Maria alice vive só com os seus gatos
Não tem família para lhe fazer companhia
Mora no sétimo andar
No bairro do ultramar
Casa comprada com a herança de uma tia

Maria alice ficou órfã muito nova
Criou a pulso dois irmão de tenra idade
Não soube o que é ser criança
Nunca teve esperança
Até que um dia a vida mostra-lhe a cidade

Oioai a vida foi-lhe madrasta uiui
Oioai só por ser de fraca casta aiai
Oioai mas na feira é um seguro
De roer e a alice fez-se mulher

Oioai a vida foi-lhe madrasta uiui
Oioai só por ser de fraca casta aiai
Oioai mas na feira é um seguro
De roer e a alice fez-se mulher

Maria alice enveredou pelas limpezas
E nem nas folgas se livrava do trabalho
Por mais que ela se esforçasse
E mais dinheiro ganhar
O fim do mês era um problema sem amanho

Maria alice aliciada por madames
Que garantiram dar-lhe vida bem melhor
Largou vassouras e pás
E a vida triste pra trás
E em pouco tempo era amante de um doutor

Oioai a vida foi-lhe madrasta uiui
Oioai só por ser de fraca casta aiai
Oioai mas na feira é um seguro
De roer e a alice fez-se mulher

Oioai a vida foi-lhe madrasta uiui
Oioai só por ser de fraca casta aiai
Oioai mas na feira é um seguro
De roer e a alice fez-se mulher

 E um belo dia já fartinha da má vida
Desejosa de parar com a folia
Fintou do touro bem moço
E sem baixar o pescoço
Fe-lo assumir a relação de fugia

Nesse momento escancarou-lhe as portas
Ela sedenta fez de tudo o que queria
Mas o destino a má sorte
Mudaram de novo o norte
E o seu doutor partiu sem avisar um dia

Oioai a vida foi-lhe madrasta uiui
Oioai só por ser de fraca casta aiai
Oioai mas na feira é um seguro
De roer e a alice fez-se mulher

Oioai a vida foi-lhe madrasta uiui
Oioai só por ser de fraca casta aiai
Oioai mas na feira é um seguro
De roer e a alice fez-se mulher

Bom sábado, boas notícias e boa música.

Dia da Criança

"Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem."
 
Carlos Drummond de Andrade