sábado, 31 de março de 2012

Sendo sábado, temos música (122)





Anda Comigo Ver Os Aviões

Os Azeitonas


Anda comigo ver os aviões levantar voo
A rasgar as nuvens
Rasgar o céu

Anda comigo ao porto de leixões ver os navios
A levantar ferro
A rasgar o mar

Um dia eu ganho a lotaria
Ou faço uma magia
(mas que eu morra aqui)
Mulher tu sabes o quanto eu te amo,
O quanto eu gosto de ti
E que eu morra aqui
Se um dia eu não te levo à América
Nem que eu leve a América até ti

Anda comigo ver os automóveis à avenida
A rasgar as curvas
A queimar pneus

Um dia vamos ver os foguetões levantar voo
A rasgar as núvens
A rasgar o céu...

Um dia eu ganho o totobola
Ou pego na pistola
Mas que eu morra aqui
Mulher tu sabes o quanto eu te amo
O quanto eu gosto de ti
E que eu morra aqui
Se um dia eu não te levo à lua
Nem que eu roube a lua,
Só para ti
Um dia eu vou jogar a bola
Ou vendo esta viola
Nem que eu morra que aqui
Mulher tu sabes o quanto eu te amo
O quanto eu gosto de ti
E que eu morra aqui
Se um dia eu não te levo à América
Nem que eu leve a América até ti

Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Hoje na Assembleia da República...



...o Governo foi chamado à razão, mas como sempre faz resolveu não sair da sua casca e continuar com as suas políticas de destruição do País.
Ontem foi dia de Greve Geral em Espanha


Mais informação e fotos aqui.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Buracos negros

Por Aurélio Santos, no Jornal « Avante! »

Durante décadas o estudo dos buracos negros fascinou os astrónomos e povoou o nosso imaginário através da literatura de ficção.

Hoje sabemos tratar-se de regiões do espaço onde a força gravitacional tem tal ordem de grandeza que nada lhes resiste, sugando tudo o que se encontra em seu redor que desaparece no seu interior tornando-se invisível, daí o nome de buraco negro.

O que a astronomia não previu é que se pudesse encontrar buracos negros nos planetas, nomeadamente no planeta Terra.

Estou em condições de garantir: existe um enorme buraco negro no extremo ocidental da Península Ibérica devidamente identificado, a que foi dado o nome de BPN. Esta sigla que antes significava Banco Português de Negócios deverá a bem da verdade chamar-se BNP – Buraco Negro Português.

Consta que já sugou para o seu interior mais de 5,2 mil milhões de euros do erário público, o que significa que este sorvedouro que nos fez desaparecer o saudoso subsídio de Natal de 2011 vai também engolir os subsídios de férias e de Natal dos reformados e dos funcionários públicos e muito, muito mais, sem dúvida. Não estamos a falar de trocos, estamos a falar no equivalente a 3,2% do Produto Interno Bruto português de 2012. Será que o ministro Victor Gaspar que governa de folha Excel em riste já reparou que o que já foi gasto com o BPN permitiria que o défice público deste ano, (a acreditar nos números avançados pelo Governo), ficasse em 1,3%, ou seja muito abaixo dos 3% exigidos pela Comissão Europeia!?

quarta-feira, 28 de março de 2012

Revisão do Código do Trabalho









Tem inicio hoje no Parlamento a discussão do novo pacote laboral (desculpe! Da passagem à condição de escravo dos trabalhadores), aprovado pelos patrões, Governo e UGT com o PS a dizer (como é seu hábito em questões fundamentais para os trabalhadores) NIM...! Para que no fundo, tudo seja agravado em desfavor dos mais fracos. Sendo, no caso, quem vende diariamente a força do seu trabalho para continuar a "sobreviver", sustentar a família e a  desenvolver o País.

terça-feira, 27 de março de 2012

As bastonadas




Como as fotografias das agressões dos polícias aos jornalistas no passado dia 22 em Lisboa, publicadas em vários jornais cá dentro e lá fora, não foram suficientes para convencer o Sr. Presidente da República a ir mais além que o lamento "profundamente", deixo aqui mais um contributo para que se informe e tome  uma medida pública consequente no sentido de que cenas tristes como aquelas não se venham a repetir no Portugal democrático.

Tabela de remunerações

Quando os membros do Governo, os comentadores ao seu serviço, os  Dres., Engos, e técnicos convidados para debater (perdão! Impor... , são sempre os mesmos a ter tempo de antena) as suas convicções nas televisões, jornais e rádios e,   nos tentam impingir a ideia que os sacrifícios  exigidos aos portugueses são de forma justa igualmente exigidos a todos os portugueses, siga o concelho do meu vizinho do 5º. Esq.; mande-os à merda, desligue a televisão ou o rádio (já que, jornais deixou de comprar) e aproveite o tempo para continuar a  ler aquele livro que ficou na prateleira à espera de uma oportunidade.
Se a conclusão final, tirada da leitura  não corresponder às suas expectativas certamente não lhe provocará , aquela azia no estômago ou  fúria descontrolada perante tanta mentira apregoada por aquela gente e a falta de respeito  pelo contribuinte português, especialmente pelos mais pobres, pelos desempregados pela generalidade da população que tantos sacrifícios está a passar, enquanto meia dúzia de indivíduos (protegidos pelo governo) ficam cada dia que passa mais ricos.

Este, é o País que temos e a sociedade que não queremos.

Queremos uma sociedade mais justa, mais solidária com igualdade de oportunidades para todos conforme está plasmado na Constituição da República Portuguesa. A mesma que o Presidente da República jurou cumprir.

domingo, 25 de março de 2012

Antonio Tabucchi 1943/2012
Foto tirada da net

Sporting 1-0 Feirense





Nitidamente sem força nas "canetas" o Sporting terminou o jogo de ontem em Alvalade frente ao Feirense, com o resultado final de 1-0 a seu favor, conseguido ao minuto 15 do primeiro tempo na marcação de uma grande penalidade apontada por Diego Capel.

Durante os noventa minutos, o Sporting criou algumas oportunidades de golo que não conseguiu concretizar, tendo passado por alguns minutos de aflição durante a segunda parte com o Feirense muito próximo da sua baliza.

Na próxima quinta-feira, com o Metalist, a disponibilidade dos jogadores do Sporting  para o jogo ( não pode ser só o João Pereira a puxar pele equipa) terá que ser diferente se quiserem fazer um bom resultado que lhes permita continuarem a pensar em passar mais esta eliminatória da UEFA Europa League .

sábado, 24 de março de 2012

Sendo sábado, temos música (121)





A Andorinha Da Primavera

Madredeus

Andorinha de asa negra aonde vais ?
Que andas a voar tão alta
Leva-me ao céu contigo, vá
Qu´eu lá de cima digo adeus
ao meu amor
Ó Andorinha da
Primavera
Ai quem me dera também voar
Que bom que era
Ó Andorinha na
Primavera
também voar

Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 23 de março de 2012

É preciso avisar toda a gente…

Por Aurélio Santos, no Jornal «Avante!»


Dar notícia, informar prevenir… que estamos perante a mais ignóbil e descarada operação de rapina de que há memória na história de quase quatro décadas da nossa democracia.

Este saque implacável tem-nos sido friamente servido com a justificação de que «temos de fazer o trabalho de casa» (curiosa expressão que nos remete para os bancos da escola primária e, aos mais velhos faz lembrar os tempos em que a obediência cega, acrítica e acéfala era a grande virtude, ao mesmo tempo que a veleidade de pensar era duramente punida logo em criança com a «menina de cinco olhos» de triste memória).

Este Governo, feito de eminências (que cada vez se revelam mais pardas) tem afinal como grande e motivador projecto nacional para o País, o famigerado: cumprir a troika!

Alguns poderão ser tentados a continuar inerte e passivamente a fingir que acreditam nesse discurso, aceitando a pseudo inevitabilidade desta situação, com os naturais e humanos medos de cada um. Mas é preciso dar resposta a esses planos com a consciência de que eles agem contra os nossos mais legítimos interesses e são coveiros do seu próprio futuro e do futuro deste País.

A História da humanidade é feita de avanços e de recuos, de vitórias e de derrotas, mas nela sempre encontramos a mesma linha condutora: a luta dos oprimidos contra os opressores, a luta dos explorados contra os exploradores.

Nunca a democracia e os direitos sociais e laborais dos trabalhadores lhes foram dados de bandeja. Cada passo foi arduamente conquistado numa luta incessante ao longo dos séculos.


Por isso, se acreditamos na força das ideias, se acreditamos que a razão vence a força, se acreditamos na verdade da nossa luta, então partamos sem demora: como diz a canção: «é preciso avisar toda a gente, segredar a palavra e a senha, engrossando a verdade corrente de uma força que nada a detenha».

quinta-feira, 22 de março de 2012

Hoje, é dia de Greve Geral



Para exigir que  o País caminhe no sentido da modernidade e não coloca-lo no passado como pretendem as troikas, os capitalistas e os seus apêndices.


terça-feira, 20 de março de 2012

A Primavera está aí...

...como se pode verificar nesta foto da minha varanda.

Eu sei! Os tempos estão muito difíceis para a grande maioria dos portugueses e exigem de todos nós muito empenhamento e disponibilidade na participação da luta organizada, para que o amanhã seja melhor para todos. Mas, como "um cuco não traz a Primavera" (para citar um proverbio grego), iremos desfrutar até 21 de Junho deste tempo de lutas, das flores, da poesia e, por que não, do vinho tinto ou da limonada com hortelã bebericados em tardes solarengas nas belas esplanadas ou nos piqueniques em jardins das nossas cidades, para ganhar força no desenvolvimento das tarefas fundamentais que a todos estão a ser exigidas.
Com o sentimento de que é possivel vivermos mais felizes, numa sociedade mais justa, o ponta esquerda deseja a todos uma boa Primavera com muitos cravos vermelhos.

segunda-feira, 19 de março de 2012

A mentira, a manipulação e o preconceito

Por Baptista Bastos, no Jornal «negócios»


Num programa diário de televisão foram ouvir transeuntes comuns. Este tipo de declarações vale o que vale, já sei, mas lá que vale alguma coisa, vale. Perguntava-se às pessoas se já haviam sentido a crise. Registou-se uma unanimidade concludente. O português médio anda atordoado com os impostos, com as taxas moderadoras, com o aumento de tudo o que é indispensável ao viver corriqueiro. Agora, está a cortar na alimentação. Uma professora revelou que come um exíguo pequeno-almoço, uma segunda refeição tardia e, à noite, nicles!, um chá "para aquecer o estômago."

A história dramática daquela professora não é, infelizmente, única. E é bom que repitamos, para governo nosso e memória futura, estes factos que estão, lenta e cruelmente, a corroer o que a nação possui de mais importante: o povo. Quem tem acesso à comunicação geral não pode, nem deve escamotear a realidade nem calar a voz das suas indignações. A tendência para a banalização dos acontecimentos encontra sempre respaldo no silêncio ou na negligência dos "media."

No mesmo programa a que me refiro, uma outra senhora, que disse ser funcionária pública, e estar, "diariamente, a contar os tostões para tentar sobreviver", não escondeu o desespero e a revolta ao afirmar: "Não sei o que nos está a acontecer. Dizem que gastámos acima das nossas possibilidades! Mentira, mentira! Nunca dei por isso. Sempre tive pouco dinheiro. Agora, estou a pagar por uma crise que não provoquei, e nem sequer sei do que se trata." Estas expressões tornaram-se vulgares. E, de facto, ninguém explica o que, rigorosamente, aconteceu, para que Portugal e outros países europeus sejam culpados de crimes que não cometeram, e os seus povos esmagados pelo peso de um pagamento de que não são credores.

38ª subida no preço da gasolina

(...) Este ano, o preço da gasolina subiu dia sim, dia não, num total de 37 vezes. Esta segunda-feira subirá pela 38.ª vez. É certo que desceu 26 vezes, mas o valor da descida foi tão pequeno que, no espaço de dois meses e meio, o litro da gasolina 95 octanas ficou mais caro 13 cêntimos.

Hoje, no Jornal «JN»

Há muito tempo que os consumidores andam a reivindicar uma entidade reguladora para o sector dos combustíveis. Ninguém entende o regabofe que vai neste negócio com o anúncio permanente de grandes lucros  das empresas  do sector numa economia em crise, como  é o caso actual  da  economia portuguesa, onde a Autoridade da Concorrência (AdC) e o governo parecem não ficarem perturbados   com este assunto de importância relevante para  o desenvolvimento económico do país.



domingo, 18 de março de 2012

Este dia de domingo...




...pode terminar com caldo-verde, chouriço e vinho tinto, numa casa de fados.

Um resto de dia bom para todos.

Promiscuidade e maldades


Por Carvalho da Silva, no Jornal «JN»



Ademissão do secretário de Estado da Energia, Henrique Gomes, substituído por Artur Trindade, até agora diretor de Custos e Proveitos da Entidade Reguladora do Setor Energético, foi um processo simples, mas dele exalam cheiros complicados.
Para além de se registar que o novo secretário de Estado roda entre a função fiscalizadora e a função executiva, devemos observar com atenção: as notícias vindas a público sobre o discurso que o ex-secretário de Estado estaria para fazer no ISEG, onde mencionaria que o "lucro excessivo na energia tira 3500 milhões de euros à economia e às famílias até 2020"; o aumento de 10% na fatura da luz em 2013 que está a ser preparado; as provas de que o senhor Mexia se encheu de mexer no processo que levou à demissão do anterior secretário de Estado (leiam-se as suas intervenções públicas); a confirmação da intervenção protecionista do poder político (Governo) na defesa dos interesses dos acionistas privados da EDP, confirmando-se claramente por que razão os figurões da área do Governo - Eduardo Catroga e C.ª - foram "colocados pelos acionistas" em órgãos da EDP.
Mas, nesta semana tivemos outras notícias de interesse e, acima de tudo, que colocam aos trabalhadores e ao povo uma forte exigência de protesto, de denúncia, de luta pela mudança de rumo que o país segue.

sábado, 17 de março de 2012

Sendo sábado, temos música (120)





Ela tem boca torta, nariz grande, cabelo mal cortado, rói as unhas, usa cunhas, mas eu estou apaixonado.
Ele tem espinhas, sardas, pontos negros, e uma boca exagerada, desafina e desatina mas eu estou apaixonada.
Ela é ciumenta, rabugenta, embirrenta e tagarela, intriguista e moralista mas eu estou louco por ela.
Ele faz cenas gagas, altas fitas, não tem confiança em mim, faz-se caro, faz-me trombas, mas eu gosto dele assim.
Refrão:
Diz-se que o amor é cego, deforma tudo a seu jeito, mas eu acho que o amor descobre o lado melhor do que parece defeito (2X)
Diz-se que o amor é cego... Diz-se que o amor é cego... Refrão (2X)
Porque eu gosto, gosto dele E ela gosta, gosta de gostar de mim!

Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Capas de jornais (35)



Foram grandes, grandes, MUITO GRANDES... Esta equipa do Sporting nestes dois jogos desta eliminatória.
Hoje, é o sorteio para os quartos-de-final, o Sporting por direito próprio lá estará.

"Com respeito pelo adversário seja ele qual for, mas sem medo de ninguém" como diz o Sá Pinto. 

quinta-feira, 15 de março de 2012

Trapalhadas ou chafurdices?

Por Octávio Teixeira, no Jornal « negócios »


O caso do duplo pagamento à Lusoponte suscita duas questões.
A questão do Governo. O primeiro-ministro aparentou estar a leste do que se passava e meteu as mãos pelos pés. Mas acabou por garantir que a empresa teria de repor a verba cobrada. Porém a resposta não perdeu pela demora: concessionária e Secretário de Estado reafirmaram que não haveria lugar a qualquer reembolso. O pagamento em duplicado será para abater em futuras compensações, ainda em negociação. O primeiro-ministro foi publicamente desautorizado por um secretário de Estado. E politicamente não se passa nada.

A questão de facto, mais relevante. A Lusoponte recebeu em duplicado. A Estradas de Portugal, que procurou evitar esse duplo pagamento, foi transformada no mau da fita e acusada de "chafurdice". O secretário de Estado que despachou o duplo benefício da concessionária será o herói. Alegadamente porque quem conhece os meandros do direito sabe que se está no contrato paga-se, mesmo que os pressupostos se alterem. Mas os leigos não conseguem descortinar a base legal em que se sustentou a Lusoponte para reter ilegitimamente verbas que pertencem ao Estado. O que permite a presunção de autorização governamental, beneficiando uma empresa à custa do depauperado erário público. O que é grave e exige responsabilização criminal.

Benesse a privados com precedentes, como a cedência gratuita de "golden shares" ou os dividendos de 2011 oferecidos aos novos accionistas da EDP e REN. E quem se lhe opõe vai para a rua. Os administradores da Estradas de Portugal por causa da Lusoponte. O Secretário de Estado da Energia porque pretenderia acabar com as rendas excessivas da EDP e doutras empresas do sector.

É a promiscuidade entre Governo e interesses privados no seu melhor

quarta-feira, 14 de março de 2012

Os contractos...


Cartoon de hoje no JN

...são para cumprir, parece ser este o argumento de quem defende no Governo a pasta  das finanças e até certo ponta a justificação para colocarem o ex-secretário de Estado da Energia Henrique Gomes na rua. Contudo, o mesmo Governo, não se lembrou deste argumento quando se voltou para o Zé numa forma arrogante e descabelada e, resolveu confiscar subsídio de férias e natal aos funcionários públicos, reformados e pensionistas. Completando ainda o pacote do esbulho com os cortes nos salários, reformas e prestações sociais aos restantes portugueses, evocando para o efeito a crise e o famigerado acordo com a troika. Será que esta situação já se alterou e no futuro os contractos são todos para cumprir? Já não existe crise nem o compromisso evocado?
Não! Para este Governo os acordos não são todos para cumprir. Aqueles que favorecem os trabalhadores e o povo em geral, são para rasgar; para cumprir serão todos os que forem favoráveis aos pequenos e grandes monopólios, ainda que, nalguns destes nem a troika externa  esteja de acordo em mante-los.  Como parece ser no caso da EDP. 

terça-feira, 13 de março de 2012

Desorientação e «tacticismo»


Por Carlos Gonçalves, no Jornal « Avante! »


A manifestação de 11 de Fevereiro, pela participação e combatividade, foi um «claro sinal da acentuada erosão da base social de apoio» do Governo do pacto de agressão. A evolução devastadora da recessão, do desemprego, da exploração, da regressão social e da pobreza, que se revela neste pico de morte antecipada de idosos mais fragilizados (afinal é o capitalismo que «mata os velhinhos»), resulta no avanço significativo da luta de massas e num quadro em que são cada vez mais «os de baixo» que «não querem continuar» a viver como até aqui.
«Os de cima», não apenas «podem», como intervêm de facto para aprofundar o esbulho. Mas regista-se uma sucessão de «distanciamentos» deste brutal agravamento da austeridade, que merece atenção, para identificar o comportamento das classes dominantes e dar resposta à evolução da situação e a uma eventual «crise nacional».
Sousa Tavares questiona no Expresso os caminhos do pacto e insiste nos seus «tremendismos» de «esquerda», que para a semana se tornarão numa defesa intolerante do sistema. Pacheco Pereira disserta no Público sobre a «execução» do País pelo novo tratado europeu, para voltar no futuro próximo às suas teses de serviço ao imperialismo USA. Um e outro percorrem, em sentido inverso, o caminho de Krugman, que, esta semana, passou de herói do «Estado social» a propagandista do Governo e dum corte de 30% dos nossos salários, face à Alemanha, mas que, daqui a dias, voltará ao «Keynesianismo» militante no New York Times.
Desorientados pelo fracasso da sua política, ou oportunistas de «princípios», os ideólogos das classes e sectores sociais dominantes, bóiam na espuma dos factos mediáticos, tal como o PS na sua pseudo-oposição, ou o PR Cavaco Silva, que esta semana se «surpreendeu» com o desemprego e questionou a austeridade, para, no futuro, se assumir em «reserva estratégica» do pacto de agressão. É a opção pelo «tacticismo» reles, de fazer constar que estão em oposição aos seus próprios desígnios, para depois se empenharem na defesa das «inevitabilidades» do capital financeiro. No fundo, é a confissão de que a política de direita, o pacto de agressão e este modelo de sociedade estão inapelavelmente condenados.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Bluff de mil milhões com as minas de Moncorvo

Este é o título de uma peça informativa do JN que afinal contraria a grande agitação que se promoveu na última quinzena de Outubro do ano passado com os milhões que a empresa  anglo-australiana Rio Tinto, iria fazer nas  minas de Torre de Moncorvo em Trás-os-Montes.
Afinal parece que também aqui, neste negócio, o presente/ausente Álvaro Santos Pereira não trouxe nada de novo. Limitou-se a promover uma ideia - como outras da quais a seu tempo se falará - que, pelos vistos, só existiu (a serem verdadeiras as notícias de hoje), na sua cabeça e que serviu na altura para branquear a sua imagem opaca  desenhada por falta de propostas concretas do Ministério da Economia face à situação de paralisia  e recessão gravosa que se estava a acentuar diariamente e com a qual continuamos a viver,  com os resultados previsíveis por muitos, sendo o número de desempregados apenas um dos indicadores que  nos coloca vergonhosamente  no terceiro País da UE com mais gente entre a população activa,  sem emprego ,dos quais uma grande parte não recebe qualquer subsídio.

É claro que esta situação não se resolve com a subtituição de um ministro, ideia que se tentou fazer passar na semana passada com a historia intriguista do QREN. Esta situação resolve-se mudando de políticas e é para essa exigência que vamos caminhar, com muita força e determinação, na preparação e participação da GREVE GERAL, convocada pela CGTP-IN para o próximo dia 22.

Sporting 5-0 V. Guimarães


SPOOOOOOOOOOORTING!

Duas notas positivas para a equipa de Sá Pinto.
Primeira: Não sofreu golos.
Segunda: Wolfswinkel e Jeffren parecem recuperados, o primeiro marcou um golo e o segundo entrou já no fim e marcou dois, fechando assim esta goleada.
Desde Outubro do ano passado que não se via o Sporting marcar tantos golos em Alvalade. Na altura foram 6-1 frente ao Gil Vicente.

Vamos ver até onde chega este "coração de leão" que bate seguro, determinante e cheio de vontade de fazer coisas bonitas.

domingo, 11 de março de 2012

Hoje pode ser dia de cinema (52)


Realização:James Watkins



Sinopse

O jovem advogado londrino Arthur Kipps (Daniel Radcliffe) é forçado a deixar o seu filho de três anos para viajar até à aldeia remota de Crythin Gifford, para tratar dos negócios do falecido proprietário da Eel Marsh House. Mas quando chega à arrepiante velha mansão, ele descobre segredos obscuros do passado dos habitantes da aldeia e o medo começa a dominá-lo quando vislumbra uma misteriosa mulher vestida de negro...

Bom domingo e bons filmes.

sábado, 10 de março de 2012

Sendo sábado, temos música (119)


Menina em teu peito sinto o tejo
E vontades marinheiras de aproar
Menina em teus lábios sinto fontes
De água doce que corre sem parar
Menina em teus olhos vejo espelhos
E em teus cabelos nuvens de encantar
E em teu corpo inteiro sinto feno
Rijo e tenro que nem sei explicar
Se houver alguém que não goste
Não gaste, deixe ficar
Que eu só por mim quero te tanto
Que não vai haver menina para sobrar
Aprendi nos 'esteiros' com soeiro
E aprendi na 'fanga' com redol
Tenho no rio grande o mundo inteiro
E sinto o mundo inteiro no teu colo
Aprendi a amar a madrugada
Que desponta em mim quando sorris
És um rio cheio de água lavada
E dás rumo à fragata que escolhi
Se houver alguém que não goste
Não gaste, deixe ficar
Que eu só por mim quero te tanto
Que não vai haver menina para sobrar

Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Sporting 1-0 Manchester City

Com um golo de sonho (de calcanhar), de Xandão,  o Sporting fez o resultado final deste jogo.

O Sporting  foi ainda  uma equipa que durante todo o jogo apresentou grade rigor táctico, muita determinação e querer (à imagem de Sá Pinto), e, de alguma sorte como é necessário acontecer nos grandes momentos desportivos.
A eliminatória está a meio, o Sporting vence por 1-0, veremos como irá decorrer o segundo jogo em Inglaterra.
Desejamos que o resultado destes oitavos-de-final seja favorável à equipa portuguesa para bem do Sporting e do futebol nacional.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Para a banca tudo, para Estados e economia nada

Por Octávio Teixeira, no jornal «negócios»


Na passada semana o BCE abriu de novo os cordões à bolsa e emprestou aos bancos da Zona 530 mil milhões, a três anos e à taxa de juro de 1%. Que somam aos 490 emprestados nas mesmas condições em finais de Dezembro. Em dois meses o BCE arranjou um bilião de euros para ceder à banca. Mas não consegue arranjar dinheiro para adquirir títulos dos Estados e pôr fim à especulação financeira sobre as dívidas públicas. Não consegue porque não quer, já que se é verdade que os seus estatutos erradamente proíbem a monetarização directa dessa divida também é certo que a permitem com a intermediação de bancos de capitais públicos.

Alegadamente este crédito concedido aos bancos visaria inundá-los de liquidez para financiarem a actividade económica. Sucede que, de ambas as vezes, a aplicação imediata dessa liquidez traduziu-se em depósitos no próprio BCE e quanto ao crédito à economia nada mudou, quer nas restrições quer no preço.

Serviria igualmente para que os bancos financiassem os Estados, e para isso a flexibilização dos critérios quanto aos colaterais garantes dos empréstimos. Mas também isso não passa de miragem. E mesmo que viesse a suceder, tal política é incompreensível e inaceitável: emprestar aos bancos a 1% para estes refinanciarem os Estados a 5% ou 7% é usura, com o BCE a ser o mentor desse esbulho.

O embrulho de celofane dos alegados objectivos não esconde o propósito efectivo de beneficiar bancos e banqueiros, permitindo-lhes substituírem débitos de curto prazo, reequilibrarem os balanços a preço baixíssimo e acumularem liquidez à espera de melhores tempos.

É o "diktat" das finanças. Para a banca, tudo de bom e do melhor. Nada para a economia, o emprego e os Estados. Entretanto a crise aprofunda-se.

Dia Internacional da Mulher

    Recordando nestes versos de António Aleixo, as nossas mães, avós e bisavós.




A Gentil Camponesa


MOTE

Tu és pura e imaculada,
Cheia de graça e beleza;
Tu és a flor minha amada,
És a gentil camponesa.

GLOSAS

És tu que não tens maldade,
És tu que tudo mereces,
És, sim, porque desconheces
As podridões da cidade.
Vives aí nessa herdade,
Onde tu foste criada,
Aí vives desviada
Deste viver de ilusão:
És como a rosa em botão,
Tu és pura e imaculada.

És tu que ao romper da aurora
Ouves o cantor alado...
Vestes-te, tratas do gado
Que há-de ir tirar água à nora;
Depois, pelos campos fora,
É grande a tua pureza,
Cantando com singeleza,
O que ainda mais te realça,
Exposta ao sol e descalça,
Cheia de graça e beleza.

Teus lábios nunca pintaste,
És linda sem tal veneno;
Toda tu cheiras a feno
Do campo onde trabalhaste;
És verdadeiro contraste
Com a tal flor delicada
Que só por muito pintada
Nos poderá parecer bela;
Mas tu brilhas mais do que ela,
Tu és a flor minha amada.

Pois se te tenho na mão,
Inda assim acho tão pouco,
Que sinto um desejo louco:
Guardar-te no coração!...
As coisas mais belas são
Como as cria a Natureza,
E tu tens toda a grandeza
Dessa beleza que almejo,
Tens tudo quanto desejo,
És a gentil camponesa

António Aleixo, in "Este Livro que Vos Deixo..."

quarta-feira, 7 de março de 2012

Que cor tem este cartão...?




...para mim e mais de 40 mil portugueses, é vermelho. Só que, como não se trata aqui de leis do futebol, pode a pessoa em causa continuar no jogo político, contando os centimos dos seus rendimentos que mal chegam para as  despesas que, (por enquanto),  ninguém vai para a rua.

terça-feira, 6 de março de 2012

Os milhões do QREN que Portugal não investiu

Um dos problemas mais graves que Portugal enfrenta neste momento é a redução muito significativa do investimento público e privado. Segundo o Banco de Portugal, a quebra do investimento, em 2011, atingiu -11,2%, e a já prevista para 2012 é de -12,8%, o que somado dá uma redução superior a -25% em apenas 2 anos. E sem investimento é impossível criar emprego e aumentar e modernizar a capacidade produtiva instalada no país e, consequentemente, o chamado produto potencial, contrariamente ao que escreveu o ministro das Finanças no artigo que publicou na revista Visão.

Estudo do economista Eugénio Rosa, para ler aqui.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Capas de jornais (34)


A confirmar-se... Aqui está uma atitude patriótica que a maioria dos portugueses espera que se repita pelos restantes membros do (des)Governo.

Não há razões para se andar satisfeito


Seria aconselhável que as respectivas troikas aprendessem um pouco da realidade social portuguesa  para poderem aferir com precisão as consequências das políticas recessivas e de austeridade que  pretendem impor cá no retangulo de brandos costumes de modo a não meterem ainda mais os portugueses na situação de indignidade e incumprimento total em relação aos compromissos individualmente assumidos.

Com o anúncio dos números do desemprego: 1 200 000 sendo que mais de 303 mil não recebem  subsídio e com o número anormal de mortes verificado nas últimas semanas derivado (segundo muitos especialistas em saúde pública),   "Ao facto de as pessoas viverem com mais dificuldades", sentidas no acesso "aos medicamentos e à saúde",  a "electricidade mais cara", mais a "perda de rendimento das famílias e o aumento brutal das taxas moderadoras".
Perante este quadro triste e vergonhoso da situação social que grassa no país e ao ser confrontado com as possiveis férias dos portugueses, Passos Coelho respondeu com mais uma das suas tristes tiradas: "Podem sempre faze-lo com uma boa aplicação dos recursos que têm como é evidente"como se  a maioria dos portugueses tivésse condições para proceder a qualquer tipo de aplicações dos recursos que só existem na sua imaginação.E se pensarmos nos portugueses que recorrem cada vez mais ao auxilio das cantinas das instituições sociais para matar a fome é no minimo insultuoso.

domingo, 4 de março de 2012

Hoje pode ser dia de cinema (51)

Realização:Pedro Almodóvar



Sinopse
Desde que a sua mulher ficou queimada num acidente de automóvel que o Dr. Robert Ledgard, um eminente cirurgião plástico, se interessa pela criação de uma nova pele, com a qual ele a poderia ter salvo. Ao fim de doze anos, conseguiu gerar no seu laboratório uma pele que é sensível a carícias, mas um verdadeiro escudo contra todo o tipo de agressões, externas e internas, às quais o nosso mais extenso órgão é sujeito. Para a obter, usou todas as possibilidades fornecidas pela terapia celular. Mas para além de anos de estudo e experimentação, Robert necessitava de uma cobaia humana, um cúmplice e nada de escrúpulos. Escrúpulos nunca foram um problema, não faziam parte do seu carácter. Marilia, a mulher que toma conta dele desde o dia em que nasceu, é a sua mais fiel cúmplice. Quanto à cobaia humana… Todos os anos, dezenas de jovens de ambos os sexos desaparecem de casa, em muitos casos de livre vontade. Um deles acabará por partilhar a esplêndida mansão de El Cigarral com Robert e Marilia, mas sem ser de livre vontade…
«sapocinema»





Bom domingo e bons filmes.

sábado, 3 de março de 2012

Sendo sábado, temos música (118)



Foi Por Ela
Foi por ela que amanhã me vou embora
ontem mesmo hoje e sempre ainda agora
sempre o mesmo em frente ao mar também me cansa
diz Madrid, Paris, Bruxelas quem me alcança
em Lisboa fica o Tejo a ver navios
dos rossios de guitarras à janela
foi por ela que eu já danço a valsa em pontas
que eu passei das minhas contas foi por ela

Foi por ela que eu me enfeito de agasalhos
em vez daquela manga curta colorida
se vais sair minha nação dos cabeçalhos
ainda a tiritar de frio acometida
mas o calor que era dantes também farta
e esvai-se o tropical sentido na lapela
foi por ela que eu vesti fato e gravata
que o sol até nem me faz falta foi por ela

Foi por ela que eu passo coisas graves
e passei passando as passas dos Algarves
com tanto santo milagreiro todo o ano
foi por milagre que eu até nasci profano
e venho assim como um tritão subindo os rios
que dão forma como um Deus ao rosto dela
foi por ela que eu deixei de ser quem era
sem saber o que me espera foi por ela

Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Competência sem certificação

Parece que o mais competente, o mais rigoroso, o mais bem preparado o mais, mais e mais não sei quantos atributos os comentadores de serviço do Governo nos media  colaram ao Ministro das Finanças, apareceu agora em "pânico com quebra abrupta das receitas da Segurança Social e do IRS". Então este técnico refinado neo-liberal estava a contar com o quê?! Claro que com o desemprego a subir todos os dias, em consequência  das políticas de austeridade e com os baixos salários a serem uma prática corrente, os resultados não poderiam ser diferentes.
Vir dizer que não estava preparado para estes resultados, só pode significar incompetência e o caminho dos incopetentes terá que  ser urgentemente a porta da rua.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Na industria da cortiça


Da minha pequena janela no Bairro do Atalaião, hoje, recordei o zumbido da sirene,  o vai-vem nas entradas e saídas da minha família operária que durante muitos anos trabalhou na antiga fábrica Robinson em Portalegre.

Desemprego: números são resultado de «políticas recessivas»

«Agência Financeira»
O PCP diz que os números divulgados esta manhã pelo Eurostat confirmam o «forte agravamento» do desemprego em Portugal, resultado das «políticas recessivas» do Governo.

Segundo os números do Eurostat, a taxa de desemprego em Portugal atingiu os 14,8% em Janeiro (a terceira mais alta da União Europeia). Embora as taxas não sejam rigorosamente comparáveis (o Eurostat usa uma metodologia diferente da do INE), este valor já está acima da previsão do Governo para o total deste ano, 14,5%.

Crise. Em Portugal ninguém paga aos bombeiros



Muito embora andem as troikas a afirma sem corar que "está tudo a correr bem" e, o Dr. Cavaco a chorar lágrimas de crocodilo, o que nós verificamos diariamente é o contrário. O país está a ficar numa situação de paralisia económica derivado às políticas de austeridade que nos vão impondo segundo os critérios neoliberais do Governo e, a sociedade em geral a caminho da pobreza e da miséria.

O título acima, é de um trabalho de Rosa Ramos, publicado no jornal «i» que vale a pena ler.